Como o reencontro de algo muito querido, que o tempo por qualquer motivo separado, ou talvez um sonho sonhado, ou ainda um retrato esquecido na gaveta, com vontade de avivar aquilo que foi ou não uma vivência por concluir (...) é agarrar a oportunidade, é sentir a vontade de querer melhorar o conhecimento e aferir o processo com o mundo das coisas. Contudo, ter ideias hoje em dia é um conceito estranho! Ainda bem que vai acontecendo àqueles, que mantêm a memória fresca e, façam dela a sua verdadeira condição de valores e princípios como se fosse a primeira vez de um qualquer objecto arrebatador! Por isso, quando as ideias acontecem, agarremos-lhe o momento, são elas a construção de valores que duram uma vida. As metamorfoses da minha existência foram o que foram, e não é razoável pensar que se fosse hoje faria de outra forma. Não, porque as condições e as oportunidades durante a minha maturação nunca se entenderam com a génese do meu ser...
A natureza das coisas são como são. O importante é aprendermos com elas a ser melhor, mais competente, mais eficiente, mais íntegro e tolerante. Um comportamento de grupo sem ideias é um comportamento amorfo. Seja como for, é bom estarmos cá, compararmos as épocas na vivência das realidades que são e vão sendo a autenticidade da vida. Como dizia Miguel Torga: “Temos cá boas recordações”. Por isso, o razoável é fazermos obra. Para quem acredita que ainda é possível, recebe sempre a recompensa de poder superar as boas ou más surpresas que naturalmente a vida envolve. Sou um compromisso sem compromisso, um encontro sem encontro, um viajante sem endereço, uma verdade sem verdade, mimado de muitas emoções; atento, que seja uma melhor condição para todos. Por isso, amo seriamente todas as telas e com elas me dou pela finalização.