segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Reflexão

Como o reencontro de algo muito querido, que o tempo por qualquer motivo separado, ou talvez um sonho sonhado, ou ainda um retrato esquecido na gaveta, com vontade de avivar aquilo que foi ou não uma vivência por concluir (...) é agarrar a oportunidade, é sentir a vontade de querer melhorar o conhecimento e aferir o processo com o mundo das coisas. Contudo, ter ideias hoje em dia é um conceito estranho! Ainda bem que vai acontecendo àqueles, que mantêm a memória fresca e, façam dela a sua verdadeira condição de valores e princípios como se fosse a primeira vez de um qualquer objecto arrebatador! Por isso, quando as ideias acontecem, agarremos-lhe o momento, são elas a construção de valores que duram uma vida. As metamorfoses da minha existência foram o que foram, e não é razoável pensar que se fosse hoje faria de outra forma. Não, porque as condições e as oportunidades durante a minha maturação nunca se entenderam com a génese do meu ser...

A natureza das coisas são como são. O importante é aprendermos com elas a ser melhor, mais competente, mais eficiente, mais íntegro e tolerante. Um comportamento de grupo sem ideias é um comportamento amorfo. Seja como for, é bom estarmos cá, compararmos as épocas na vivência das realidades que são e vão sendo a autenticidade da vida. Como dizia Miguel Torga: “Temos cá boas recordações”. Por isso, o razoável é fazermos obra. Para quem acredita que ainda é possível, recebe sempre a recompensa de poder superar as boas ou más surpresas que naturalmente a vida envolve. Sou um compromisso sem compromisso, um encontro sem encontro, um viajante sem endereço, uma verdade sem verdade, mimado de muitas emoções; atento, que seja uma melhor condição para todos. Por isso, amo seriamente todas as telas e com elas me dou pela finalização.

1 comentário:

  1. Loucos e Santos


    Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer,mas pela pupila.
    Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
    A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.

    Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
    Deles não quero resposta, quero meu avesso.
    Que me tragam dúvidas e angústiase aguentem o que há de pior em mim.
    Para isso, só sendo louco.

    Quero os santos,para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
    Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
    Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
    Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.

    Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
    Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
    Quero amigos sérios,daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem,
    mas lutam para que a fantasia não desapareça.

    Não quero amigos adultos nem chatos.
    Quero-os metade infância e outra metade velhice!
    Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto;e velhos, para que nunca tenham pressa.

    Tenho amigos para saber quem eu sou.
    Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos,
    nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril. (Oscar Wilde)

    Desculpa , amigo , por há pouco ter regateado o preço dos teus livros , mas tinha acabado de me "exceder" na compra de outros livros , e . . . sabes como é , O dinheiro nunca é demais !
    Gostei muito daquele bocadinho , e penso que ganhei um amigo ! Aqui renovo o convite para que um dia apareças por Vagos , e . . . me procures!
    Aquele abraço , do amigo sempre ao dispor :

    Alexandre Sarabando

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