quinta-feira, 16 de maio de 2013

Eles partem

Eles partem…
Despojados, abandonados, exportados.
Indignados, espirram-se
Como mexas
Ante o sangue coalhado
De maquiavélicas promessas…
Enquanto os ossos e a carne,
Oficiais mirrados,
Embebem a façanha dum sonho roubado!

Eles partem…
Salivam lágrimas veladas
Fronhas no leito iradas
De quimeras incendiadas.

E o olhar atado chora a sede
Do imago de mãe,
E os retratos acomodados
Gemem humedecidos a
Ausência das mãos,
E o sol, já não cumprimenta o dia
Pelas frinchas das persianas,
E a lua, perde-se na pejada noite
De lembranças recalcadas.

Eles partem…
Sob o rasto moribundo dum país
De indigentes politicamente admirados,
Onde os pais e as mães nunca adormecem!


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