Olá Portugal, como vais?
Ouvi dizer que te estão a roer os pilares
Que andas deprimido
E sem sal,
Que nada aprendeste com Mário Soares
E muito menos com Álvaro Cunhal?!...
Olá Portugal,como vais?
Ouvi dizer que lenhaste a insígnia heróica
E que te apartaram a mordomia
E o gozo
Por causa dos teus amigos da Troica
E o abandono patriótico do aliado Durão Barroso?!...
Olá Portugal, como vais?
Ouvi dizer que persistes
Obstinadamente adiado
Imaculadamente afinco aos três “FFF”;
Futebol, Fátima e Fado
E de colonizador passaste a colonizado?!...
Ó minha Pátria, terra de pão e água levada,
Sangue, sustento erguido de suor,
Que nem sede de esperança
Nem vida por nascer
Deixaste do Natal a minha saudade
A paixão e o amor de mãe por entender.
Ó Portugal converto, porque te exilas
Do silêncio agudo da tua voz?
Liberta-te do silêncio surdo
Que te inquieta
E luta ousado pela palavra certa
Sobre as campas do sangue dos teus avós.
Árvores do Alentejo
ResponderEliminarHoras mortas... Curvada aos pés do Monte
A planície é um brasido e, torturadas,
As árvores sangrentas, revoltadas,
Gritam a Deus a benção duma fonte!
E quando, manhã alta, o sol posponte
A oiro a giesta, a arder, pelas estradas,
Esfíngicas, recortam desgrenhadas
Os trágicos perfis no horizonte!
Árvores! Corações, almas que choram,
Almas iguais à minha, almas que imploram
Em vão remédio para tanta mágoa!
Árvores! Não choreis! Olhai e vede:
--- Também ando a gritar, morta de sede,
Pedindo a Deus a minha gota de água!
Florbela Espanca
Abraço
Caro Amigo, que palavras dizer? Quando estamos perante o que ,nós, queríamos dizer.
ResponderEliminarQuem lembra? Quem sabe quem é? CATARINA EUFÉMIA, a mulher que morreu às balas da G.N.R., por querer dar pão a seus filhos... por querer trabalhar... por querer ter salário justo...
Meu amigo, que suas palavras sejam a nossa arma de arremesso, não podemos deixar matar PORTUGAL e muito menos deixar que nos TOMEM DE ASSALTO.
Um abraço
Maria Helena